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Maria Camões
26.12.2018
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‘Oh, Elsa! Elsa!’ Eis uma expressão
replicada pela publicidade que quase todos conhecemos.
Mas para Maria
Camões existe a forte possibilidade de a ouvir com frequência.
Porquê? Porque foi esta jovem atriz a dar a voz portuguesa a uma das
mais conhecidas princesas da Disney: a Elsa do ‘Reino do Gelo –
Frozen’ (2013).
Para os fãs mais pequenos ouvir Maria Camões
é ouvir aquela monarca animada, mas há muitas outras personagens
recriadas pelo talento vocal desta artista do estúdio de gravação.
Quase todo o seu percurso profissional
cruza dois mundos: o teatro e as dobragens. Desde a estreia em palco,
com a peça O Percevejo de Maiakovsky (2004, encenação de
Carlos Avillez), continua a ser uma presença assídua em várias
salas de teatro do país, sejam trabalhos de grandes companhias ou
produções de menor escala.
No extenso currículo figuram peças de
Gil Vicente, Natália Correia, Shakespeare e Casona com o Teatro
Experimental de Cascais, assim como Beijos e Abraços, uma
encenação de Luís Assis para o Teatro da Comuna.
Nos últimos
anos, Maria Camões tem mantido viva a parceria com a Palco13.
Depois
de uma viagem ao Sonho de uma Noite de Verão em 2013,
poderemos rever esta jovem atriz no palco do Teatro Villaret, em
Lisboa, como integrante de um elenco que ressuscita as eternas
palavras do ‘Bardo’ inglês.
Toda esta experiência teatral está
ancorada numa formação-base exemplar. Dos estudos secundários em
Interpretação na Escola Profissional de Teatro de Cascais (ESTC,
2001-04), Maria Camões continuou na busca de conhecimento nas artes
cénicas.
Em 2006, ingressava na licenciatura de Teatro/Formação de
Atores da Escola Superior de Teatro e Cinema. Pouco tempo depois, e
já formada, apresentava-se como encenadora.
Ajudou a recriar as
palavras de John Patrick Stanley em Profundo Mar Azul (2009,
Teatro da Gararem), a que seguiram Fedra e Facas nas
Galinhas. Ainda no teatro, é importante ver como o percurso de
Maria Camões conduziu a uma espécie de ‘fechar de ciclo’, já
que desde 2010 se tornou também professora na ESTC. Onde tudo
começou.
Longe dos palcos, a carreira desta
jovem atriz não tem grandes destaques na ‘caixinha mágica’.
No
palmarés, junta passagens tímidas pela televisão, com alguns
papéis em novelas (Sol de Inverno, 2013, SIC) e séries (Sim,
Chef!, 2017, RTP; Excursões Air Lino, 2018, RTP).
No
entanto, é no estúdio de gravação que encontrou o seu reino.
Muito antes da Elsa aparecer, já Maria
Camões tinha um longo historial de dobragens em séries e filmes de
animação ou live-actions.
Estreou-se com Derbie: Prego a
Fundo (2005) e, no ano seguinte, deu voz portuguesa ao fenómeno
televisivo Hanna Montana. Este papel, que a acompanhou durante
várias temporadas, seria também levado aos cinemas (Hanna
Montana: o Filme, 2009).
E muitos outros filmes se seguiriam,
entre protagonistas e vozes adicionais, como: Alice no País das
Maravilhas (2010), Força Ralph (2012), Monstros: a
Universidade (2013), Aviões (2013), Marretas
Procuram-se (2014), Divertida-Mente (2015), Mínimos
(2015), Mínimos e o Cortador de Relva (2016), Vaiana
(2016), Coco (2016), sem esquecer a irrequieta Judy Hopps,
residente em Zootrópolis (2016).
São essas polivalência e vertigem
vocal que tornam esta atriz numa intérprete valiosa de séries
televisivas. Gormiti, Violetta, Fanboy e Chum Chum,
ANT Farm, Inuyasha, Fairy Tail, Liv e Maddie,
Teen Titans Go!, Miraculous: as Aventuras de Ladybug e
Soy Luna são apenas alguns exemplos, porque a lista não para
de aumentar.
Fiquem atentos às dobragens
portuguesas.
A Elsa bem cantava ‘já passou’, mas o mais provável
é que a voz de Maria Camões surja já num próximo episódio. E não
vamos querer perdê-lo.
Na publicidade, muitas marcas confiam também na
voz da actriz, tais como: Pingo Doce, Nutella, Novo Banco, Worten, McDonalds, entre outras.