Exclusivos ZOV
Catarina Gonçalves
25.09.2015
Audio
1
2
3
4
Video
O ar de menina e moça, meiga, voz doce e sensual, depressa dá lugar ao ar de mulher rebelde, agressiva, voz vincada e muitas vezes com cariz sexual. A versatilidade é a palavra de ordem. É o maior trunfo de um ator e é a marca de água de Catarina Gonçalves, uma atriz de corpo, voz e alma, tanto na televisão, como nos palcos ou nas locuções para publicidade, onde veste qualquer pele que lhe seja dada a vestir. A técnica, aprendeu-a e trabalhou-a, com o esforço e a dedicação de uma jovem em busca de um sonho, mas a chama da representação, essa, já nasceu acesa consigo.
Primeiro em lume brando, nas séries infantis onde se estreou e onde deu os primeiros passos; depois em fogo posto, nas maiores salas de teatro do país, onde atua muitas vezes sozinha, enchendo o palco com a chama imensa da sua presença.
Catarina Gonçalves tem hoje a força dos seus 32 anos, mas foi na fragilidade dos seus 18 ou 19 que se estreou na televisão, na série 'Ana e os 7', e que encantou o público com a sua permanente dualidade entre a energia e a docilidade. A porta abriu-se nesse instante e, depois de 'Ana e os 7', seguiram-se muitas outras produções televisivas, onde interpretou os mais variados papéis, de vilã a surfista rebelde, passando pelos chamados papéis de boazinha, que lhe assentam sempre bem. Morangos com Açúcar, Mistura Fina, Serranos, Bando dos Quatro, Tu e Eu, Floribella, Chiquititas e Feitiço de Amor são alguns exemplos.
A televisão foi o seu primeiro palco, que agarrou com unhas e dentes depois de ter completado a sua formação na oficina de atores da NBP. E foi também o seu primeiro amor, ao qual nunca se vira costas. Sem preconceitos, porque fazer boa televisão é um trabalho tão ou mais difícil do que fazer teatro, Catarina Gonçalves nunca teve problemas em ser uma cara associada ao pequeno ecrã - que de pequeno tem pouco. A expressividade da sua voz e a forma bela como saboreia cada sílaba de cada palavra não passaram despercebidos e depressa começou a fazer trabalhos de locução. Hoje é a voz de grandes marcas como Zippy, Agua das Pedras, Loreal, Barilla, e participa em projectos pontuais para Staples, Acp, Ikea, Lipton, Gilette, Nokia, entre outros
Mas os seus voos sempre estiveram destinados a ser altos e o teatro bateu-lhe à porta como uma urgência, um grito de liberdade. O contacto olhos nos olhos com o público, o calor dos aplausos, a adrenalina do imediato, tinham o seu nome escrito por toda a parte. Chamavam por ela.
Catarina respondeu à chamada e pisou grandes palcos como A Barraca, A Comuna, o Teatro da Trindade ou o Rivoli, no Porto, levando a cena as mais variadas peças, como 'A Casa de Bernarda Alba', no Palácio da Independência em Lisboa a propósito das comemorações do 25 de abril, 'O professor de Darwin' ou 'Antes de começar', peça infantil de Almada Negreiros. Ou ainda, num registo radicalmente diferente, para adultos, peças como 'Desassossego' e 'E sexo? Não se fala de sexo?', exibidas no teatro da Trindade.
Experiências diferentes, registos diferentes, que só fizeram aumentar as labaredas da sua chama em palco. E provar que a menina doce pode ser a mulher sedutora ao ritmo de um estalar de dedos. Versatilidade. Um dos seus trabalhos mais recentes no teatro, 'Galgar com tudo por cima de tudo' (um monólogo encenado por João Rosa e baseado nos poemas de Fernando Pessoa e na Ode Triunfal de Álvaro de Campos) é a prova disso mesmo.
Sozinha em cena - aliás, a mais jovem atriz a estar sozinha em cena na sala principal do teatro da Trindade -, Catarina Gonçalves viajou numa histeria de emoções enquanto se exprimia de forma crua, bruta, e lasciva até, por uma sala de máquinas. Tudo para provar que o ser humano é ao mesmo tempo um ser completo como uma máquina e um ser livre. Ninguém melhor para o papel, portanto, do que Catarina Gonçalves, a atriz livre e completa em si mesma.
Apesar do talento nato, em lume branco, Catarina Gonçalves sabe que o ser ator, ou locutor, exige muito trabalho, aprendizagem, treino e técnica. Para o lume crescer ao ponto de se tornar impossível de apagar. E por isso aprendeu com os melhores, como Maria João Serrano, em voz e canto, ou António Feio, Paulo Ferreira, Paulo Filipe, Helena Flor, Rui Mendes e Paulo Matos na interpretação. Ou ainda José Fonseca e Costa no trabalho de câmaras ou Aloysio Filho nas técnicas de televisão. Porque cada pedaço do corpo, cada técnica, exige um treino específico e por isso a aprendizagem da representação é tão complexa.
Mas depois da aprendizagem, que continua todos os dias, chegou a sua vez de ensinar. Catarina Gonçalves lecciona em várias oficinas e workshops de teatro para crianças e adultos, estando a cargo da direção de atores do curso de formação na Casa do Artista. Porque o conhecimento não é válido se não for partilhado.
Primeiro em lume brando, nas séries infantis onde se estreou e onde deu os primeiros passos; depois em fogo posto, nas maiores salas de teatro do país, onde atua muitas vezes sozinha, enchendo o palco com a chama imensa da sua presença.
Catarina Gonçalves tem hoje a força dos seus 32 anos, mas foi na fragilidade dos seus 18 ou 19 que se estreou na televisão, na série 'Ana e os 7', e que encantou o público com a sua permanente dualidade entre a energia e a docilidade. A porta abriu-se nesse instante e, depois de 'Ana e os 7', seguiram-se muitas outras produções televisivas, onde interpretou os mais variados papéis, de vilã a surfista rebelde, passando pelos chamados papéis de boazinha, que lhe assentam sempre bem. Morangos com Açúcar, Mistura Fina, Serranos, Bando dos Quatro, Tu e Eu, Floribella, Chiquititas e Feitiço de Amor são alguns exemplos.
A televisão foi o seu primeiro palco, que agarrou com unhas e dentes depois de ter completado a sua formação na oficina de atores da NBP. E foi também o seu primeiro amor, ao qual nunca se vira costas. Sem preconceitos, porque fazer boa televisão é um trabalho tão ou mais difícil do que fazer teatro, Catarina Gonçalves nunca teve problemas em ser uma cara associada ao pequeno ecrã - que de pequeno tem pouco. A expressividade da sua voz e a forma bela como saboreia cada sílaba de cada palavra não passaram despercebidos e depressa começou a fazer trabalhos de locução. Hoje é a voz de grandes marcas como Zippy, Agua das Pedras, Loreal, Barilla, e participa em projectos pontuais para Staples, Acp, Ikea, Lipton, Gilette, Nokia, entre outros
Mas os seus voos sempre estiveram destinados a ser altos e o teatro bateu-lhe à porta como uma urgência, um grito de liberdade. O contacto olhos nos olhos com o público, o calor dos aplausos, a adrenalina do imediato, tinham o seu nome escrito por toda a parte. Chamavam por ela.
Catarina respondeu à chamada e pisou grandes palcos como A Barraca, A Comuna, o Teatro da Trindade ou o Rivoli, no Porto, levando a cena as mais variadas peças, como 'A Casa de Bernarda Alba', no Palácio da Independência em Lisboa a propósito das comemorações do 25 de abril, 'O professor de Darwin' ou 'Antes de começar', peça infantil de Almada Negreiros. Ou ainda, num registo radicalmente diferente, para adultos, peças como 'Desassossego' e 'E sexo? Não se fala de sexo?', exibidas no teatro da Trindade.
Experiências diferentes, registos diferentes, que só fizeram aumentar as labaredas da sua chama em palco. E provar que a menina doce pode ser a mulher sedutora ao ritmo de um estalar de dedos. Versatilidade. Um dos seus trabalhos mais recentes no teatro, 'Galgar com tudo por cima de tudo' (um monólogo encenado por João Rosa e baseado nos poemas de Fernando Pessoa e na Ode Triunfal de Álvaro de Campos) é a prova disso mesmo.
Sozinha em cena - aliás, a mais jovem atriz a estar sozinha em cena na sala principal do teatro da Trindade -, Catarina Gonçalves viajou numa histeria de emoções enquanto se exprimia de forma crua, bruta, e lasciva até, por uma sala de máquinas. Tudo para provar que o ser humano é ao mesmo tempo um ser completo como uma máquina e um ser livre. Ninguém melhor para o papel, portanto, do que Catarina Gonçalves, a atriz livre e completa em si mesma.
Apesar do talento nato, em lume branco, Catarina Gonçalves sabe que o ser ator, ou locutor, exige muito trabalho, aprendizagem, treino e técnica. Para o lume crescer ao ponto de se tornar impossível de apagar. E por isso aprendeu com os melhores, como Maria João Serrano, em voz e canto, ou António Feio, Paulo Ferreira, Paulo Filipe, Helena Flor, Rui Mendes e Paulo Matos na interpretação. Ou ainda José Fonseca e Costa no trabalho de câmaras ou Aloysio Filho nas técnicas de televisão. Porque cada pedaço do corpo, cada técnica, exige um treino específico e por isso a aprendizagem da representação é tão complexa.
Mas depois da aprendizagem, que continua todos os dias, chegou a sua vez de ensinar. Catarina Gonçalves lecciona em várias oficinas e workshops de teatro para crianças e adultos, estando a cargo da direção de atores do curso de formação na Casa do Artista. Porque o conhecimento não é válido se não for partilhado.