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Gonçalo Romão
20.09.2018
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Experimental, sempre.
Com uma década
de carreira, as portas do sucesso estão abertas para Gonçalo Romão
e, principalmente, ele não tem medo de ir espreitando (e testando)
qual é o melhor caminho a seguir.
Canto e representação, estúdio
e plateaux, teatro e muito teatro.
Em 10 anos, incluindo
formação, este jovem intérprete está longe de ter uma linha
definitiva, mas a viagem está a ser enriquecedora.
Começamos pelo principal instrumento:
a voz.
Nos últimos tempos é comum notarmos o registo de Gonçalo
Romão numa campanha publicitária televisiva ou radiofónica.
Porquê? Porque tem acumulado várias locuções e participações
como ‘voz de marca’ em anúncios de empresas tão reconhecidas
como: Moche, Galp, Meo, Worten, Tapumarte, etc.
Por outro lado, a formação em canto coral é uma
mais-valia se houver necessidade de um registo mais ritmado, ou
cantado.
Mas um ator é também imagem e Gonçalo
Romão já participou em vários anúncios televisivos.
Se mais
recentemente o vimos a dançar na campanha do Placard.pt, no ano
passado foi ele que mergulhou na mensagem do Oceanário de Lisboa.
E
o portefólio continua a crescer, assim como as competências
necessárias para singrar na área.
Além da formação musical, este ator
tem procurado desenvolver as ferramentas do ofício, seja através de
workshops (Acting, FRM Agency, 2009/10), cursos
(Formação Teatral, 2012/13) e uma passagem mais extensa pela Escola
Profissional de Teatro de Cascais (2009/12).
E o grande público pode
reconhecer a evolução, já que desde 2013 Gonçalo Romão tem
aparecido em várias telenovelas/séries (‘Sol de Inverno’, SIC;
‘Água de Mar’, RTP; ‘Mar Salgado’, ‘Coração d’Ouro’,
‘Very Typical’, ‘Rainha das Flores’ e ‘Espelho d’Água’,
SIC) e projetos cinematográficos.
No entanto, entre tantos testes e
experimentações, há um campo em que este jovem ator mantém um
especial foco: o teatro.
Com maior número de espetáculos em
Cascais, já interpretou papéis marcantes em dezenas de peças,
muitas delas inspiradas nos ‘clássicos’.
Gil Vicente é um
dos autores que mais ‘ressuscitou’ para a plateia: ‘Auto da
Índia’ e ‘Farsa de Inês Pereira’, em 2010, assim como uma
dupla encenação de Carlos Avilez que juntou o ‘Auto da Índia’
ao ‘Auto da Barca’ (2014, Teatro Experimental de Cascais).
Outros
grandes autores portugueses com cujas palavras trabalhou foram José
Saramago, Almeida Garrett, José Gomes Ferreira e António Torrado
(aqui também como assistente de encenação).
Mas o trabalho no Teatro Experimental
de Cascais também lhe permitiu ‘experimentar’ textos de autores
internacionais, como: Arthur Miller, Ramon del Valle-Inclán, Max Aub
e Chico Buarque.
Um destaque é merecido para a leitura encenada de
‘Woyzeck’, de Georg Büchner, apresentada no Teatro Nacional D.
Maria II (2012).
Nos últimos dois anos, os trabalhos
teatrais de Gonçalo Romão têm passado por outros palcos e por
textos ainda mais desafiantes: ‘Gangsters on Broadway (2016, Casino
Estoril), ‘Romeu e Julieta’ (2016, Byfurcação), ‘O Mundo de
Sara’ (2017, Canal Panda) e ‘Alice: o Outro Lado da História’
(2016/17).
Este último projeto, além da reinterpretação que João
Ascenso deu às palavras de Carroll, permitiu ao jovem ator trabalhar
num cenário sui generis, numa experiência de teatro imersivo
inesquecível: o Hospital Júlio de Matos.
Sem loucuras, mas com um
aperfeiçoamento constante das múltiplas dimensões deste ‘ser
ator’, Gonçalo Romão continua a experimentar textos, vozes,
posturas e projetos.
E com sucesso.