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Ana Cloe
11.12.2018
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Xana, Marta Monstro ou Chloe Frazer?
Três mulheres muito diferentes, apresentadas em meios distintos, que
partilham uma característica única entre si: a voz de Ana Cloe.
Com
um currículo extenso e reconhecido pela diversidade de papéis, esta
atriz portuguesa não mostra sinais de abrandar.
E fiquem atentos: se
há dias em que passa pel’A Pior Comédia do Mundo (peça em
cena no Teatro da Trindade), noutros está em estúdio a gravar a voz
do próximo jogo da Playstation a que vamos dedicar muito do nosso
tempo livre.
Mas como é que alguém que queria ser
veterinária, “ou qualquer outra coisa relacionada com animais”,
resolveu entrar no mundo da representação? A culpa foi de Rogério
de Carvalho, ou melhor, das aulas de teatro que deu a uma jovem Ana
Cloe e que a inspiraram a mudar completamente os planos para o
futuro. Estávamos em 1995 e seguir-se-ia a Escola Superior de Teatro
e Cinema.
Foi uma escolha que nunca lamentou. Como referiu numa
entrevista: “Fazemos imensos castings e audições, todas as
negas são duras, mas nunca pus a minha escolha em causa porque
percebi que só assim é que faz sentido. Aquilo que melhor me define
é o facto de ser atriz.”
Terminada a licenciatura em Formação
de Atores e Encenadores, encetou uma carreira teatral que continua a
construir, dentro e fora de portas. Passou pela Eslovénia, Espanha,
Itália e França, integrando tournées e elencos de companhias como
a Turak.
Em Portugal, acumulou papéis em peças de sucesso e
colaborou com Madalena Victorino em diversas iniciativas próprias
(Das histórias nascem histórias, Lembranças, etc).
Além disso, desenvolveu novas competências no âmbito da produção
teatral, já que também é responsável pela direção vocal e
música de várias apresentações.
E eis que surge a ‘Xana’, o papel
que apresentou Ana Cloe ao grande público. Através dela, a atriz
fez parte do fenómeno Floribella (SIC, 2006), interpretando
uma jovem artista musical. Foi mais uma inspiração para a sua
carreira. Pouco depois, estava a frequentar o curso de Canto Jazz na
Academia Amadores de Música e a Escola Superior de Música de
Lisboa.
Hoje, Ana também já está do outro
lado da ‘barricada’, tendo lecionado Voz, Interpretação e
Expressão Dramática em várias escolas de vocação artística. Por
outro lado, a aposta no Mestrado em Artes Performativas –
Teatro/Música apenas reforça a motivação em prosseguir no mesmo
caminho que escolheu.
A ‘Marta
Monstro’ também validou essa aposta. Com esta enérgica residente
da Avenida Q, um dos maiores fenómenos do teatro musical dos
últimos anos, Ana aliou a tarimba de palco, a formação musical e a
“plasticidade vocal” que foi conquistando com a experiência.
E a
manipular bonecos (além da ‘Marta’, também deu vida à ‘Paula
Porca’, cantou e animou os milhares de espetadores que assistiram
ao espetáculo. Mesmo que a televisão não seja um terreno
frequente, a ‘Marta Monstra’ conquistou fãs que ainda hoje
repetem os seus desabafos cantados.
E chegamos às dobragens e locuções.
Desde 2010 que Ana Cloe trabalha o estúdio de gravação com a
mestria de um palco infinito. Ao dar voz a campanhas publicitárias,
garante um registo que cumpre os objetivos. Marcas como Continente, Opel, Dr. Scholl, Conforama, Novo Banco, nisso
confiaram e os resultados não podiam ser melhores.
Por outro lado,
encontrou como dobradora uma personagem homónima, a Chloe do jogo
‘Uncharted’ (Playstation, 2017), que milhares de gamers
nacionais acompanham. Em português, claro.
Mas séries de animação
e live-action como Coco, Porquinha Peppa, Bob o Construtor, Disney Fancy Nancy, Fuller House, também ganharam novos matizes graças
ao talento vocal de Ana Cloe, a original.