Exclusivos ZOV
Rui Luis Bras
05.08.2016
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Três décadas de carreira não se
resumem em meia-dúzia de linhas e no currículo de Rui Luís Brás
não faltam personagens que, mesmo muitos anos depois, continuam a
marcar a televisão e o teatro português.
Juntemos ao ator outros papéis que desempenha na vida real: encenador, professor e fundador de uma companhia-escola de teatro. O resultado? Eis um dos profissionais mais completos e reconhecidos do meio artístico nacional.
É um trabalhador nato, sempre a arriscar em projectos e a querer fazer mais e melhor. As dezenas de alíneas no palmarés já impressionam, mas continua a viver intensamente cada recanto dos personagens que habita. “Sou oito ou oitenta”, disse.
Os pilares desta carreira estão assentes numa formação diversa e poliglota. Em 1985, em plena adolescência, subiu ao palco pela primeira vez. Entrou em Le Roi Ubu, uma encenação do grupo de teatro do Instituto Franco-Português que recuperou esta peça percursora do Teatro do Absurdo. Enquanto declamava estas estranhas palavras de Albert Jerry, Rui Luís Brás estudava para o que viria a ser uma parte preponderante da sua carreira: concluiu o curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Já com 20 anos, agarrou as eternas palavras d’O Bardo (William Shakespeare) e teve a sua estreia profissional no Teatro Aberto. Era 1988 e João Lourenço dirigia a enésima encenação de Romeu & Julieta.
Rui Luís Brás tinha chegado: foi eleito Actor Revelação. No ano seguinte, trabalhou com Filipe La Féria em “A Ilha do Oriente”, de Mário Cláudio.
Entre textos inéditos e clássicos do teatro, já foi protagonista de encenações de Mário Feliciano, Carlos Avillez, Adriano Luz ou Jean Marie Villigier, entre muitos outros.
Pouco depois de terminar o curso, já mergulhava também no mundo da “caixinha mágica”, então com apenas dois canais (A Mala de Cartão, 1988; Ricardina e Marta, 1989;
Quem manda sou eu, 1989). Ainda antes do fim da década, começava também a partilhar o que ia aprendendo à frente de workshops e ateliers de interpretação.
Entre Lisboa e Macau, formou jovens actores. No Oriente, foi docente de Interpretação no Conservatório de Macau (1994-1997). Neste lado do mundo, fundou uma companhia-escola, a Pequeno Palco de Lisboa (2003), onde apresenta as ferramentas deste ofício de palco e coordena as hostes. Entre os muitos trabalhos como encenador que já acumula, destacam-se textos de Almeida Garrett, Bernardo Santareno, Eça de Queirós, Luigi Pirandello, Federico Garcia Lorca e José Mauro de Vasconcelos.
Se o cinema está longe de ser um campo desconhecido – mais de uma dezena de projectos, incluindo telefilmes franceses –, foi com a televisão que Rui Luís Brás ganhou maior notoriedade e reconhecimento junto do público.
Entre séries e novelas, foi protagonista, vilão, herói e director de actores. Dos múltiplos personagens, há um destaque especial: Alves dos Reis (2000-01, RTP), o maior burlão português de sempre.
Hoje, em papéis mais contemporâneos, continua a interpretar com a mesma entrega, porque cada papel “está-[lhe] no sangue”.
Por fim, as dobragens. Se cara e corpo são importantes numa carreira tão longa e preenchida, é a voz de Rui Luís Brás que também tem levado sonhos e possibilidades a miúdos e graúdos.
Participou nas versões portuguesas de grandes filmes de animação (Carros, Toy Story 2, A Lenda de Desperaux, etc) e séries com milhões de seguidores (Pokemon, Rugrats, Vickie, o Viking, etc), entre muitos outros projectos.
Na publicidade, usa os dons vocais para enaltecer campanhas tão diversas como: Rennie, Donuts, Trina, Nutella, MacDonalds, banco popular, opel, Leroy Merlin, Valormed, Vodafone, Gaviscom, credito Agricola, Seat, Staples, tap, samsung, continente, mercedes, robialac, entre muitas outras.
Com tantos trabalhos por onde escolher, Rui Luís Brás tem uma certeza: não vai parar tão cedo. Nem para se lançar noutras aventuras mais radicais: «Há tanto tempo que digo que vou tirar o brevete, a carta de marinheiro, fazer parapente. O tempo vai passando, qualquer dia estou num asilo e não fiz nada do que queria, mas imagino que somos todos assim.» Somos mesmo.
Juntemos ao ator outros papéis que desempenha na vida real: encenador, professor e fundador de uma companhia-escola de teatro. O resultado? Eis um dos profissionais mais completos e reconhecidos do meio artístico nacional.
É um trabalhador nato, sempre a arriscar em projectos e a querer fazer mais e melhor. As dezenas de alíneas no palmarés já impressionam, mas continua a viver intensamente cada recanto dos personagens que habita. “Sou oito ou oitenta”, disse.
Os pilares desta carreira estão assentes numa formação diversa e poliglota. Em 1985, em plena adolescência, subiu ao palco pela primeira vez. Entrou em Le Roi Ubu, uma encenação do grupo de teatro do Instituto Franco-Português que recuperou esta peça percursora do Teatro do Absurdo. Enquanto declamava estas estranhas palavras de Albert Jerry, Rui Luís Brás estudava para o que viria a ser uma parte preponderante da sua carreira: concluiu o curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema.
Já com 20 anos, agarrou as eternas palavras d’O Bardo (William Shakespeare) e teve a sua estreia profissional no Teatro Aberto. Era 1988 e João Lourenço dirigia a enésima encenação de Romeu & Julieta.
Rui Luís Brás tinha chegado: foi eleito Actor Revelação. No ano seguinte, trabalhou com Filipe La Féria em “A Ilha do Oriente”, de Mário Cláudio.
Entre textos inéditos e clássicos do teatro, já foi protagonista de encenações de Mário Feliciano, Carlos Avillez, Adriano Luz ou Jean Marie Villigier, entre muitos outros.
Pouco depois de terminar o curso, já mergulhava também no mundo da “caixinha mágica”, então com apenas dois canais (A Mala de Cartão, 1988; Ricardina e Marta, 1989;
Quem manda sou eu, 1989). Ainda antes do fim da década, começava também a partilhar o que ia aprendendo à frente de workshops e ateliers de interpretação.
Entre Lisboa e Macau, formou jovens actores. No Oriente, foi docente de Interpretação no Conservatório de Macau (1994-1997). Neste lado do mundo, fundou uma companhia-escola, a Pequeno Palco de Lisboa (2003), onde apresenta as ferramentas deste ofício de palco e coordena as hostes. Entre os muitos trabalhos como encenador que já acumula, destacam-se textos de Almeida Garrett, Bernardo Santareno, Eça de Queirós, Luigi Pirandello, Federico Garcia Lorca e José Mauro de Vasconcelos.
Se o cinema está longe de ser um campo desconhecido – mais de uma dezena de projectos, incluindo telefilmes franceses –, foi com a televisão que Rui Luís Brás ganhou maior notoriedade e reconhecimento junto do público.
Entre séries e novelas, foi protagonista, vilão, herói e director de actores. Dos múltiplos personagens, há um destaque especial: Alves dos Reis (2000-01, RTP), o maior burlão português de sempre.
Hoje, em papéis mais contemporâneos, continua a interpretar com a mesma entrega, porque cada papel “está-[lhe] no sangue”.
Por fim, as dobragens. Se cara e corpo são importantes numa carreira tão longa e preenchida, é a voz de Rui Luís Brás que também tem levado sonhos e possibilidades a miúdos e graúdos.
Participou nas versões portuguesas de grandes filmes de animação (Carros, Toy Story 2, A Lenda de Desperaux, etc) e séries com milhões de seguidores (Pokemon, Rugrats, Vickie, o Viking, etc), entre muitos outros projectos.
Na publicidade, usa os dons vocais para enaltecer campanhas tão diversas como: Rennie, Donuts, Trina, Nutella, MacDonalds, banco popular, opel, Leroy Merlin, Valormed, Vodafone, Gaviscom, credito Agricola, Seat, Staples, tap, samsung, continente, mercedes, robialac, entre muitas outras.
Com tantos trabalhos por onde escolher, Rui Luís Brás tem uma certeza: não vai parar tão cedo. Nem para se lançar noutras aventuras mais radicais: «Há tanto tempo que digo que vou tirar o brevete, a carta de marinheiro, fazer parapente. O tempo vai passando, qualquer dia estou num asilo e não fiz nada do que queria, mas imagino que somos todos assim.» Somos mesmo.