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Sofia Grillo
10.09.2018
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Vilã, heroína e a imensa zona
cinzenta que é explorada sempre que encarna um papel. Sofia Grillo é
uma atriz metódica, focada e pronta para se desafiar em cada nova
personagem, em cada novo projeto.
E não é por acaso que o público
reconhece o seu talento.
O percurso formativo é eclético, na
falta de melhor adjetivo. Licenciada em Direito pela Faculdade de
Direito de Lisboa, rapidamente seguiu um trilho diferente: o da
representação.
No Instituto de Formação, Investigação e Criação
Teatral (IFICT) mergulhou nesse novo mundo e, pouco tempo depois,
tinha mais um curso no currículo: Teatro.
Enquanto conquistava a necessária
“tarimba”, participando em peças, novelas e filmes, não
descurou as bases e continuou a apostar na formação.
Durante dois
anos, entre Paris e Nova Iorque, fez um workshop intensivo de
teatro com Jack Waltzer.
Ainda na capital francesa, foi aluna de Jack
Garfein numa formação de création du personnage, que
decorreu no teatro Montmartre Malabru.
Como projeto final, subiu a
palco com a turma/elenco na peça Mademoiselle Julie (1999).
Muitas outras peças se seguiram, principalmente em Portugal.
Mas esta ligação francófona nunca
foi descurada e Sofia Grillo já trabalhou em várias produções
cinematográficas internacionais, como Le Commandant Nerval
(1999), Lire la mort (2000) e Aurélian (2001) de
Arnaud Silgnac, assim como Moi Bernadette, j'ai vu (2010, de
Jean Sagois).
Durante dois anos, embora de forma intermitente, a
atriz deu também vida à Patrícia da série Une Familie
Formidable (TF1).
Esta passagem pela televisão francesa
não é de estranhar, principalmente se atentarmos ao número de
projetos que incluem Sofia Grillo nos elencos principais dos maiores
sucessos de audiência televisiva em Portugal.
Desde a estreia, ainda
tão jovem, com uma participação especial em Telhados de Vidro
(TVI, 1993), esta atriz nunca mais parou de construir o seu espaço
na retina dos telespetadores. Anjo Selvagem (TVI), O
Processo dos Távoras (RTP), Casos da Vida (TVI), Louco
Amor (TVI) e Ouro Verde (TVI) são apenas algumas
das telenovelas ou minisséries em que deu vida a personagens
desafiantes.
A temível “Vera Moraes” (Baía das Mulheres,
TVI) e a “Beatriz” (Belmonte, TVI) são apenas dois
dos papéis inesquecíveis que desempenhou.
Actualmente, Sofia
Grillo tem um novo desafio: é “Helena Duque”, em Jogo Duplo (TVI).
A atriz também tem provas dadas no
grande ecrã, trabalhando com grandes nomes da realização nacional:
António Pedro Vasconcelos, Jorge Queiroga, João Mário Grilo,
Joaquim Leitão e, uma das suas maiores influências e o primeiro
diretor com que trabalhou, Nicolau Breyner.
Se a cara é reconhecida por todos, a
voz não é menos poderosa. Sofia Grillo aliou a experiência do
teatro e a construção de personagens para criar registos sonoros
muito diversificados.
Assim, podemos ouvi-la em campanhas
publicitárias tão distintas como as que gravou para as marcas Continente, Imodium, Santader, Compal, Voltaren,
Revitalift, CTT, entre muitas outras.
Sofia também não foge dos estúdios e
encara de frente a oportunidade de “dar carne” a personagens
animadas.
Hoje, Sofia trabalha com o mesmo afinco
e motivação com que “chegou” ao mundo da representação.
Se
desde pequena dizia à mãe que queria ser atriz, a sua carreira
prova que já alcançou esse desejo, mas que há muito mais à sua
espera.