Exclusivos ZOV
António Marques
28.10.2016
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Em carne e osso, muitos reconhecem os
seus traços e o porte majestático que já passou por teatros, salas
de cinema e estúdios televisivos. No entanto, é a voz que o destaca
dos comuns mortais… Nós, que continuamos a lembrar as frases
inesquecíveis com que António Marques deu cor ao nosso quotidiano.
Trabalhou com os “grandes” do teatro português e tornou-se, ele mesmo, uma figura maior.
Em 1963, foi um jovem Valentim na “Noite de Reis” desenhada por Shakespeare e por “Ribeirinho”. Fernanda Montemor e Curado Ribeiro foram os protagonistas dessa peça, mas desde essa época em que as palavras de grandes escritores foram levadas ao pequeno ecrã, António Marques acumulou um portefólio invejável de heróis e anti-heróis literários.
Em telefilmes ou teleteatro (um género famoso nas primeiras décadas da televisão portuguesa), este ator esteve com “D. Quixote” (1967), conheceu “A Maluquinha de Arroios” (1977) e “A Tragédia da Rua das Flores” (1981), tentou subir a bordo d’”A Barca do Inferno” (1983) e ajudou a contar “Retalhos da Vida de um Médico” (1979).
No final dos anos 1980 voltou a Shakespeare, agora como protagonista, dando alma ao trágico “MacBeth” (1989).
Com o passar do tempo e a evolução do ofício de ator próximo do grande público, António Marques acumulou papéis em séries e telenovelas. Entre dezenas de projetos, destacam-se: “Duarte e Companhia” (1986/88), “Xica da Silva” (1996), “A Padroeira” (2001), “Tudo Por Amor” (2002/03), “Morangos com Açúcar” (2005/06) e “Conta-me Como Foi” (2007/11).
Entre outras vidas, foi também Detetive (“Cuidado com a Língua”, 2013) e Marquês de Pombal (“Conta-me História”, 2013).
No cinema, este ator tem um palmarés eclético em coproduções internacionais e curtas-metragens.
Mas é noutro mundo, o mundo das vozes, que António Marques é rei. Ou melhor, foi o primeiro rei de uma longa-metragem de animação falada em português. As palavras de Mufasa, o pai de Simba (“O Rei Leão”, 1994), ainda ressoam na memória com o timbre único de quem lhes deu vida: “Lembra-te de quem és!”
A partir daqui, António Marques passou a presença assídua nos elencos nacionais do cinema animado: “Pocahontas” (1995), “Hércules” (1997), “Mulan” (1998), “Carros” (2006), “Up – Altamente” (2009) e “Big Hero 6” (2014), entre muitos outros exemplos.
Com a maior adesão às dobragens portuguesas para os filmes infantojuvenis, também é possível ouvir a “poderosa voz” deste ator em “Space Jam” (1997), ”Flubber” (1998), “O Homem-Aranha” (2002), “O Gato” (2003) e na saga “Harry Potter” (2001/11).
Mas a lista de registos deste “decano” dos dobradores portugueses continua a crescer. Além do que já referimos, deu vida a personagens em: Pacman e muitos mais.
Num outro mundo em que a voz é tão ou mais importante – a publicidade –, este ator ocupou um lugar de destaque, cujo cargo é um dos slogans (e marcas) mais reconhecidos das últimas décadas. Depois do saudoso Canto e Castro, coube a António encarnar o “Capitão Iglo”.
Hoje, além deste lobo-do-mar, são várias as campanhas publicitárias que contaram com os dotes vocais deste ator: Credito agricola, Montepio, Iglo, bimby, campofrio, Staples, Acp, Tranquilidade, Continente, entre outras.
Com uma carreira tão longa e pintada de personagens tão vincadas nas memórias de tantos, só há uma coisa a fazer. Eis um pedido singelo: Caro António, que essa voz continue majestosa!
Trabalhou com os “grandes” do teatro português e tornou-se, ele mesmo, uma figura maior.
Em 1963, foi um jovem Valentim na “Noite de Reis” desenhada por Shakespeare e por “Ribeirinho”. Fernanda Montemor e Curado Ribeiro foram os protagonistas dessa peça, mas desde essa época em que as palavras de grandes escritores foram levadas ao pequeno ecrã, António Marques acumulou um portefólio invejável de heróis e anti-heróis literários.
Em telefilmes ou teleteatro (um género famoso nas primeiras décadas da televisão portuguesa), este ator esteve com “D. Quixote” (1967), conheceu “A Maluquinha de Arroios” (1977) e “A Tragédia da Rua das Flores” (1981), tentou subir a bordo d’”A Barca do Inferno” (1983) e ajudou a contar “Retalhos da Vida de um Médico” (1979).
No final dos anos 1980 voltou a Shakespeare, agora como protagonista, dando alma ao trágico “MacBeth” (1989).
Com o passar do tempo e a evolução do ofício de ator próximo do grande público, António Marques acumulou papéis em séries e telenovelas. Entre dezenas de projetos, destacam-se: “Duarte e Companhia” (1986/88), “Xica da Silva” (1996), “A Padroeira” (2001), “Tudo Por Amor” (2002/03), “Morangos com Açúcar” (2005/06) e “Conta-me Como Foi” (2007/11).
Entre outras vidas, foi também Detetive (“Cuidado com a Língua”, 2013) e Marquês de Pombal (“Conta-me História”, 2013).
No cinema, este ator tem um palmarés eclético em coproduções internacionais e curtas-metragens.
Mas é noutro mundo, o mundo das vozes, que António Marques é rei. Ou melhor, foi o primeiro rei de uma longa-metragem de animação falada em português. As palavras de Mufasa, o pai de Simba (“O Rei Leão”, 1994), ainda ressoam na memória com o timbre único de quem lhes deu vida: “Lembra-te de quem és!”
A partir daqui, António Marques passou a presença assídua nos elencos nacionais do cinema animado: “Pocahontas” (1995), “Hércules” (1997), “Mulan” (1998), “Carros” (2006), “Up – Altamente” (2009) e “Big Hero 6” (2014), entre muitos outros exemplos.
Com a maior adesão às dobragens portuguesas para os filmes infantojuvenis, também é possível ouvir a “poderosa voz” deste ator em “Space Jam” (1997), ”Flubber” (1998), “O Homem-Aranha” (2002), “O Gato” (2003) e na saga “Harry Potter” (2001/11).
Mas a lista de registos deste “decano” dos dobradores portugueses continua a crescer. Além do que já referimos, deu vida a personagens em: Pacman e muitos mais.
Num outro mundo em que a voz é tão ou mais importante – a publicidade –, este ator ocupou um lugar de destaque, cujo cargo é um dos slogans (e marcas) mais reconhecidos das últimas décadas. Depois do saudoso Canto e Castro, coube a António encarnar o “Capitão Iglo”.
Hoje, além deste lobo-do-mar, são várias as campanhas publicitárias que contaram com os dotes vocais deste ator: Credito agricola, Montepio, Iglo, bimby, campofrio, Staples, Acp, Tranquilidade, Continente, entre outras.
Com uma carreira tão longa e pintada de personagens tão vincadas nas memórias de tantos, só há uma coisa a fazer. Eis um pedido singelo: Caro António, que essa voz continue majestosa!