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Joana Brandão
10.10.2014
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Se fecharmos os olhos pensamos logo no sorriso. Depois na voz, nos olhos, e novamente no sorriso. Algures entre o tímido e o energético, o sensual e o decidido. Encaixamo-la num ecrã ou num palco de teatro et voilà. Está o cenário montado e Joana Brandão está em casa. Aplausos, agradecimentos, mais aplausos - agora de pé. Sai do palco e volta a entrar. É ali que está bem.
Tem 37 anos, 17 de teatro, e sempre soube o que queria. Aos 19 anos já estava na Escola Superior de Teatro e Cinema a dar início ao seu caminho, e aos 21 estreava-se nos palcos nacionais. Desde aí não mais parou. Trabalhou desde cedo com grandes nomes da representação e encenação, como Solveig Nordlund, João Mota, João Brites, Carlos Pimenta, Rui Mendes, José Peixoto, Fernando Gomes, Helena Pimenta, Maria de La Ribot, Álvaro Correia, Jean- Paul Buccieri, Bruno Bravo, Pedro Alvarez-Ossorio, Lúcia Sigalho ou Francisco Campos e aprendeu com os melhores.
Em pouco tempo, Joana Brandão pisou os mais conceituados palcos do país, com a sua presença delicada, digna de dançarina, e ao mesmo tempo segura e firme. O seu natural talento e expressividade levaram-na rapidamente para outros palcos, porque um só não chega: além da representação em teatro, depois em televisão e em cinema, completou-se com a publicidade, a locução, a encenação, a direção artística e a formação dos mais novos. O mote, dizemos nós, é não desperdiçar os seus sete talentos.
Na televisão, conhecemo-la pela participação em várias novelas e séries como Dancin' Days, Família Mata, Vôo directo, Maternidade, Morangos com Açúcar, Feitiço de Amor, Liberdade 21 ou Pai à Força. No cinema, onde também não escapa, participou em filmes e curtas-metragens de realizadores como Sandro Aguilar, George Felner, Leonor Noivo e, mais recentemente em “O cheiro das velas” de Adriana Martins da Silva, onde partilhou a cena com a atriz Oceana Basílio.
Às páginas tantas experimentou o papel de encenadora e comprou - fica-lhe bem. Encenou e interpretou as '4 Gémeas de Copi'; criou, juntamente com Madalena Silva, o espetáculo Super-Heróis, que mistura teatro e dança num casamento perfeito, e, em 2011, levou ao Teatro de Almada, cidade que a viu nascer, uma trama Capotiana inteiramente escrita, pensada, encenada e interpretada por si.
Em 'Caminhos', inspirada no universo de Truman Capote, e no seu 'Nos caminhos do paraíso', Joana Brandão quis contar e criar a história de uma mulher solitária que procura o seu caminho (e que o faz num cemitério, onde espera encontrar marido). O monólogo de Joana Brandão, que vestiu a pele desta Mary O’Meaghan, foi mais uma prova de fogo - e de sucesso - superada.
Na locução para publicidade chegou a ser uma das vozes mais requisitadas. Não é para menos - o seu sorriso contagia qualquer um e sente-se na voz. Nos últimos anos, tem dado voz a grandes marcas como Continente, Vanish, Activia Danone, Minipreço, Staples, Millennium Bcp, Jonhson&Jonhson, Toyota, Ren, Santander, Teka, H&S, entre outros.
O segredo? O profissionalismo e a vontade de ser melhor. Será também isso que a leva a ser formadora e professora em conceituadas escolas de teatro, como a Restart, e a fazer assistência de encenação em várias peças. Ensinar, aprender e evoluir - pode muito bem ser esta a linha que guia o percurso de Joana Brandão.