Making Of VOZ

Adriana Moniz  FIDELIDADE

A primeira vez que fiz Fidelidade estava grávida. Foi na altura em que fizeram o rebranding e quiseram uma voz feminina. Lembro-me que apareci no estúdio com uma barriga enorme, por isso já deve ser há cerca de três anos. E ser voz de companhia de uma marca dá mais espaço para brincar, é diferente do que ir fazer um anúncio e ter só uma frase para dizer. E foi a apresentação da marca, fiquei muito feliz por ir fazer e acho que correu bem. Gosto de pensar que somos uma equipa, trabalho com várias pessoas dentro da Fidelidade, departamentos diferentes e são todos impecaveis. Corre sempre muito bem, são super queridos, e sabem muito bem o que querem e isso é óptimo.

Tirei o curso de teatro, sempre soube que queria ser actriz. Comecei por fazer teatro, depois fiz televisão e quando estava a fazer uma peça onde entrava a Luísa Salgueiro, que faz direção de dobragens nos estúdios da Matinha, ela convidou-nos para ir a um casting para dobragens e foi aí o meu primeiro contacto. Correu-me super mal, não percebia nada do que estava a fazer e saí de lá arrasada, claro que não fiquei nessa série. Mas sempre tive um fascínio pelos filmes da Disney, sabia aquilo tudo de cor. Mais tarde acabei por participar na dobragem de um filme, o Carros.

Foi a primeira vez que fiz dobragens, mas porque estava a fazer a telenovela “Dei-te quase tudo” e eles pegaram no elenco, no par romântico da telenovela, que era a Vera Kolodzig e o Pedro Granger e transportaram-os para o filme. Eu por arrasto acabei a fazer uma personagem pequenina, mas a partir daí começou a correr-me melhor, a fazer outros castings e a ficar. Creio que foi a partir de 2009 que comecei a ter trabalho regular nas dobragens e a aprofundar mais esse lado.

A locução fascina-me e é diferente das dobragens onde estamos a dobrar um boneco, a dar voz muitas vezes a uma coisa que já está feita e que temos de nos aproximar da versão original, o que à partida já nos impõe uma data de limitações. Na locução de publicidade é muito desafiante para mim conseguir transmitir todas as emoções, todas as nuances e pensar o que é que eu posso fazer e como para vender bem este produto. Dá-me um grande gozo chegar a estúdio e ver que tenho um bloco de texto enorme que sei que vou ter de dizer e começar a pensar como é que o vou fazer; se calhar aqui devia fazer uma pausa, esta palavra devia valorizá-la mais. E isto dá-me um grande entusiasmo.

A locução chegou mais tarde e gosto muito, mas na verdade comecei a fazer locuções quando entrei para a ZOV. Comecei a achar que as dobragens estavam a correr bem e que se calhar tinha jeito e um dia resolvi mandar um mail para uma agência (a zov) a explicar que era actriz, fazia dobragens e se podia deixar lá um registo de voz. Elas foram super simpáticas, ligaram-me logo para eu ir lá e gravei uma série de registos diferentes.

Faço algumas coisas que são boas para a voz mas porque sempre as fiz. Bebo muita água, não costumo beber bebidas geladas, não tenho hábitos muito nocivos para a voz. Quando faço teatro aqueço sempre muito bem a voz antes dos espectáculos. Também tem a ver com o tipo de trabalho, a maneira como se usa o instrumento é diferente. Aqui o tipo de aquecimento que faço é mais rápido, venho a fazê-lo no carro e é só para acordar um bocadinho mais os músculos. De manhã é sempre mais difícil especialmente se ainda não falámos com alguém. Na semana passada foi horrivel pois andei uma semana quase sem voz, em pânico, a beber cházinho, quase que não falava. É horrivel a sensação de não ter voz e hoje em dia quase tudo o que eu faço é com a voz.

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